A chegada do FIAGRO como agente financiador do agronegócio trouxe uma boa notícia para o segmento: deve aumentar o número de operações realizadas, com diversas frentes para obtenção de recursos e viabilização da cadeia produtiva agroindustrial.
Os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (FIAGRO) foram criados por meio da lei 14.130/21. Trata-se de um novo instrumento de captação de recursos para o agronegócio no mercado financeiro, que permite que investidores nacionais e estrangeiros apliquem recursos em ativos do agronegócio (como títulos de crédito ou de securitização emitidos por empresas de cadeias produtivas agroindustriais) ou compra de propriedades que poderão ser depois arrendadas ou vendidas a produtores.
Assim, operações como compra de imóveis rurais, aquisição de participação em sociedades, compra de títulos de créditos (CPR, LCA, CDCA, CRA, CDA/WA etc.) e compra de cotas de fundos de investimentos que cumpram os requisitos da lei podem ser objeto do FIAGRO, o que acaba atraindo a atenção de diversos investidores.
Os vetos presidenciais quanto à tributação foram derrubados. Assim, os benefícios fiscais de isenção ou diferimento para algumas circunstâncias foram reintroduzidos, ampliando a atratividade de participação ao investidor.
Dessa forma, as cooperativas devem avaliar a viabilidade de também participarem desse novo modelo de financiamento das operações, com diferentes roupagens. Dessa forma, será possível obter recursos para frentes como compra de insumos, atividade produtiva, armazenamento, distribuição e até mesmo industrialização.
